1. Introdução
As gaxetas são elementos fundamentais para o funcionamento de equipamentos e conjuntos. Feitas com materiais especiais e em bitola quadrada, são posicionadas em torno de um eixo específico e apoiam o sistema de vedação.
Esse, por sua vez, tem a função de conter fluidos — como líquidos ou gases — no interior de um componente. Eixos metálicos, vasos de pressão e tubulações são apenas algumas alternativas que exigem uma boa configuração de vedação. Assim, não há a perda do material, de modo a diminuir os prejuízos, a redução da eficiência e os riscos de segurança.
Para recorrer às gaxetas para sistema de vedação, é essencial conhecer os tipos disponíveis e como cada uma é utilizada. Neste guia prático, você entenderá mais sobre esses elementos tão importantes e então poderá tomar boas decisões. Continue a leitura e fique por dentro do assunto!
2. Saiba quais são os tipos de elementos de vedação, seus modos de operação e suas aplicações
Dependendo das necessidades, o sistema de vedação é diferente e usa recursos variados. Conhecer os principais tipos e suas formas de operação é essencial para definir se uma possibilidade tem a aplicação desejada. Veja, a seguir, os tipos frequentes de sistema de vedação.
2.1. Juntas
As juntas de vedação são as mais comuns quando o assunto é a vedação de diversos conjuntos. Elas se baseiam na adoção de um dispositivo ou material, como as gaxetas, para garantir que não haja o vazamento do fluido.
Elas são adotadas quando duas superfícies se unem, como duas placas ou tubos. No encontro, a junta é posicionada e consegue fazer com que o fluido fique contido dentro do espaço previsto.
São muito utilizadas em várias aplicações, como oleodutos, vasos de pressão, blocos de motores e assim por diante. Parte da sua versatilidade está ligada à grande quantidade de materiais que podem ser usados para compor esses recursos — do papelão hidráulico à fibra de carbono.
2.2. Gaxetas
As gaxetas são elementos ou artefatos cuja função principal é vedar determinado equipamento. Frequentemente elas são confundidas com anéis, mas não é sempre nesse formato em que aparecem. No geral, o item é produzido de maneira especial, como na forma de fios trançados de alta precisão e tecnologia. Como resultado, são as gaxetas vendidas em rolos com vários metros de comprimento.
A partir das necessidades específicas do fluido e/ou do equipamento, as gaxetas são posicionadas e interrompem possíveis vazamentos. Como cada condição de trabalho tem certas exigências, há diferentes tipos no mercado.
Elas são pensadas sob algumas óticas, como alcalinidade ou acidez do meio, temperatura e pressão de trabalho, proteção contra contaminação e assim por diante — cada indústria tem suas exigências específicas.
Além dessas soluções, é preciso escolher o tipo de sistema de vedação do modo adequado. Dependendo das necessidades dos componentes, é preciso elaborar um projeto específico. Os dois principais são:
2.2.1. Vedação estática
Nesse tipo, os elementos são mantidos de maneira fixa. O conjunto não se movimenta e, portanto, não é preciso absorver a mudança de posição. Certas juntas e acoplamentos são ideais para esse estilo.
2.2.2. Vedação dinâmica
Como o sistema se movimenta de maneira mais intensa, os componentes têm que absorver parte dessa característica. Eixos de rotação são exemplos, assim como os elementos que têm muita dilatação. Certas juntas podem ser usadas, do mesmo modo que coxins e cortinas.
Em todos os cenários, os conjuntos são importantes para manter a segurança e a eficiência industrial. Máquinas, tubulações e recipientes especiais conseguem funcionar da forma correta com a ajuda da vedação recomendada para cada caso.
De modo específico, eles também ajudam a reduzir o atrito, diminuir o desgaste e manter o alinhamento, por exemplo. Por isso, devem ser escolhidos do jeito adequado — inclusive, na hora de selecionar quais são as gaxetas indicadas.
3. Conheça os principais tipos de gaxeta
Como dito, as gaxetas são elementos essenciais para a vedação. Como os sistemas têm exigências distintas, elas aparecem em diferentes tipos. Conhecê-los é determinante para selecionar qual deve tipo ser usado.
Para entender melhor, veja quais são as principais opções de gaxeta disponíveis no mercado e descubra qual escolher.
3.1. Grafite
O grafite é uma forma do carbono que aparece na natureza. Com ótimas propriedades e boa resistência, consegue oferecer um resultado interessante em relação à vedação. Isso faz com que as gaxetas grafitadas tenham ótimas aplicações práticas.
Para que os bons efeitos sejam obtidos, é comum que ela apareça em mais de uma forma. A gaxeta grafitada é acabada externamente com esse componente e é a mais utilizada na área industrial. Além disso, tem custo reduzido, boa qualidade e tolera temperaturas de até 260°C.
A gaxeta de grafite carbono ostenta elevada resistência termoquímica e suporta condições severas de trabalho. Tem baixo atrito e resiste a temperaturas negativas de -240°C. Já a de grafite flexível é altamente moldável, adaptando-se a eixos com várias características. Sua temperatura de trabalho máxima é de 650°C e ela consegue suportar uma alta velocidade periférica.
3.2. PTFE
O politetrafluoretileno (PTFE) é um polímero muito conhecido pelo nome Teflon®. Com excelentes características, o material dá origem a recursos vedantes de bom desempenho.
A gaxeta PTFE atóxica é um modelo bastante utilizado, resistente a ambientes corrosivos e a temperaturas de 280°C. Por ser atóxica, não oferece nenhum resultado de contaminação cruzada, por exemplo.
A versão lubrificada traz elevada flexibilidade, boa resistência química e capacidade de trabalho com mais velocidade periférica.
A de PTFE e grafite oferece a união de dois materiais de alta qualidade. Isso dá origem a um produto com baixo coeficiente de atrito, capacidade de trabalho a grandes pressões e temperatura de até 280°C.
A teflonada com amianto tem uma resistência à abrasão reforçada. O custo é reduzido, sem deixar de ter uma excelente resistência química e temperatura de trabalho de 260°C.
Por fim, a teflonada acrílica é feita com um composto especial. É indicada para sistemas de grande movimentação, resiste bem a ambientes ácidos e conta com temperatura de trabalho de 230°C.
3.3. Carbono puro
O carbono é outro elemento com excelentes propriedades, ainda mais para o cenário industrial. No caso das gaxetas de carbono puro, algumas qualidades especiais se destacam.
O recurso é extremamente flexível, então pode ser usado em vedações dinâmicas. Como é autolubrificante, evita problemas com o desgaste. Também tem boa condutividade térmica e elevada resistência às condições de abrasão. A temperatura máxima de trabalho é de 650°C e a pressão, de 300bar.
4. Entenda as funcionalidades das gaxetas
Dependendo das necessidades, as gaxetas podem ser aplicadas de forma dinâmica ou estática. Isso varia com o sistema de utilização, bem como com as exigências de cada ambiente.
Além de tudo, o tipo certo de gaxeta depende do cenário no qual elas estão inseridas. Indústrias diferentes e até máquinas distintas exigem certas condições, que devem ser atendidas pelo material correto. A seguir, veja quais são as principais funcionalidades das gaxetas.
4.1. Grafite
Por causa da sua grande versatilidade, a versão grafitada é usada para funções diversas. Entre as mais comuns estão a vedação de bombas, de roda d’água ou de elementos e contato com óleos térmicos — desde que a temperatura de trabalho seja respeitada.
A de grafite flexível é muito adequada para eixos com grande velocidade periférica, bem como para sistemas com alto nível de agressões químicas. Em geral, é adotada em espaços petroquímicos.
A de grafite carbono, por sua vez, é aplicada em válvulas, eixos rotativos e bombas alternativas.
4.2. PTFE
A versão PTFE atóxica é essencial para a utilização em indústrias especiais, como a alimentícia e a farmacêutica. Também funciona para ambientes com solventes e para válvulas, em geral.
A PFTE lubrificada trabalha bem vedando ácidos, cáusticos e solventes. Oferece, ainda, trabalho em condições de pressão elevada. A versão PTFE com grafite é usada em agitadores, bombas e reatores.
A gaxeta de fibra acrílica teflonada é aplicável em conjuntos com bastante movimentação, além de funcionar em válvulas sob pressão e em elementos com velocidade periférica elevada. Apresenta bons resultados em misturadores, válvulas e ambientes com solvente.
4.3. Carbono puro
As gaxetas de carbono puro podem compor diversos sistemas, e isso ocorre graças às suas elevadas características. Por causa da resistência química, servem para vedar abrasivos, digestores e refinadores.
A grande temperatura de trabalho, por sua vez, permite a aplicação em bomba de alimentação de caldeiras. Já a resistência à alta velocidade periférica torna possível a sua adoção em eixos com alta rotação, como em bombas rotativas.
4.4. Amianto
A gaxeta de amianto conta com uma resistência térmica que se destaca, sendo uma alternativa ideal para portas de fornos, trocadores de calor e caldeiras.
Também serve para compor a porta de estufa, fornos elétricos e ambientes refratários. No entanto, é preciso respeitar o limite da temperatura de trabalho, de modo a garantir a confiabilidade do desempenho. Pode ser fabricada pura, grafitada ou teflonada.
5. Conclusão
As gaxetas são elementos indispensáveis para criar sistemas de vedação funcionais, resistentes e com bom padrão de custo. Além de ajudarem a conter os fluidos, também servem para reduzir oscilações e para garantir isolamento térmico, elétrico e/ou químico.
Para tanto, é fundamental escolher o tipo adequado de produto, de acordo com as suas características e aplicações. Não se esqueça de fazer uma compra segura, em uma empresa fornecedora reconhecida, experiente e capaz de oferecer um bom nível de qualidade.
5. Sobre a Asalit
A Asalit é uma empresa brasileira com mais de 20 anos de atuação no mercado industrial. Para atender aos mais variados setores industriais, conta com um mix diversificado de produtos para manutenção, isolação e vedação industrial. Desenvolve tecidos antichama para processo de solda, gaxetas para vedação de alta performance e diversos produtos para manutenção preventiva.